Fadiga Crônica e Neurastenia

fadiga crônica e neurastenia

Autor: Dr Fernando Tonelli

Católico. Pai. Médico psiquiatra, graduado em Vitória pela Universidade Federal do Espírito Santo, pós-graduação pela PUC-Rio. Presidente do Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES). Atualmente clinica em Vitória ES, onde presta atendimento psiquiátrico a crianças, adolescentes, adultos e famílias. É também engenheiro eletricista, técnico agrícola e músico.

13/07/2020

Fadiga Crônica e Neurastenia

A fadiga crônica no dia-a-dia do médico

A fadiga crônica é uma queixa frequente na prática clínica do médico. Diversos problemas físicos podem cursar com sensação de fadiga, muitas vezes, crônica. Esta fadiga pode ser mental e/ou física. O paciente se queixa de sensação de cansaço após mínimos esforços e, diferentemente do esperado em condições normais, o repouso geralmente não alivia esta sensação. Outros se queixam de “falta de energia”. As dores difusas e a incapacidade para concluir tarefas, mesmo as simples, acompanham frequentemente o quadro. Resumindo, a característica principal é a sensação de fadiga ou fraqueza após quaisquer esforços físicos ou mentais. No caso da neurastenia, que é ligada a quadros psiquiátricos, a fadiga se manifesta mais frequentemente após esforços mentais.

Na maioria dos casos, associa-se alguma dificuldade para o exercício das atividades profissionais e tarefas cotidianas, inclusive domésticas. Outros sintomas são: tontura, cefaléia (dor de cabeça), dificuldade para conciliar o sono, incapacidade para relaxar, dores generalizadas, dificuldade de concentração, diminuição da vontade sexual, irritabilidade, impressão de instabilidade global, dificuldade para sentir prazer em qualquer atividade, humor depressivo e ansiedade.

Causas de fadiga crônica

Diversas condições clínicas precisam ser investigadas para determinar se há alguma causa orgânica por trás da fadiga; como anemia, quadro pós-infeccioso ( como por exemplo gripe, dengue, pneumonia), doenças auto-imunes, deficiências nutricionais (em especial vitamina D, ferro, vitamina B12, vitamina B1), parasitoses intestinais (amebiase, giardíase, ancilostomíase), doença cardiovascular (insuficiência cardíaca), disfunções endocrinológicas (em especial hipotireoidismo) e outras. A avaliação psiquiátrica é importante pois, além das causas orgânicas, diferentes transtornos psiquiátricos, em especial os transtornos depressivos recorrentes e os transtornos de estresse, podem estar na origem do quadro. Vale ressaltar que, uma avaliação adequada pelo médico psiquiatra de um quadro de fadiga, deve incluir a investigação das condições clínicas aqui citadas, entre outras.

Tratamento da neurastenia

O tratamento farmacológico da fadiga crônica dependerá da causa base e, no caso da neurastenia, inclui, em geral, o uso de  antidepressivos, sendo o prognóstico muito bom.

 

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